Lama invade várias casas em um condomínio de luxo na Granja Viana

Os moradores do condomínio Inpla, na Granja Viana, em Cotia, levaram um grande susto, nesta semana, quando suas casas formam invadidas por um “mar de lama”. A terra, que desabou do loteamento vizinho, em Alphaville, inundou piscinas e jardins e entrou dentro dos imóveis, causando inúmeros prejuízos. Ainda não há valor das perdas.

Segundo uma moradora, essa é a terceira vez que isso acontece no local. “A vontade é de arrumar minhas coisas e ir embora daqui agora mesmo”, desabafou. Os problemas começaram quando teve início um loteamento no terreno vizinho, em Alphaville.

Segundo explicações dadas aos moradores por João Galvão, especialista na área de consultoria ambiental, conhecido e respeitado em nível nacional e internacional, primeiro foram retirados, nos período de 6 a 8 de setembro de 2009, de uma área total de seiscentos e oitenta mil metros quadrados, trezentos mil metros de vegetação. Entenda. Esta vegetação além de proteger da água de superfície também proporcionava a sua infiltração mais homogênea por todo solo.





Segundo ele, e talvez ainda mais grave, foi que a Alphaville Urbanismo não executou um projeto de drenagem adequado. Com isso, entre outras coisas, todo material sedimentado foi levado pelas águas das chuvas e acabou assoreando o rio Potium que estava no loteamento, impactando as áreas de preservação permanentes (APPs). As APPs são protegidas por lei federal.

Para o técnico, dando sequência à sucessão de ”desencontros”, a Alphaville Urbanismo ainda instalou um sistema de coleta de água, digo lama, pressionando os muros de divisa do condomínio, mais especificamente sobre as casas da rua Estados Unidos, que não foram projetados para funcionarem como barragem ou diques de contenção. O “gran finale”, para João, foi a terraplanagem dos morros, com o intuito de ampliar a área de lotes a serem vendidos. A terra retirada neste procedimento ficou exposta e com as chuvas, claro, foi deslocada”.

Caso a Alphaville Urbanismo não corrija o erro imediatamente os moradores estudam a possibilidade e tentar embargar a obra em caráter de urgência, caso contrário novas inundações devem ocorrer com a proximidade das chuvas de verão. A construtora foi procurada e não retornou a ligação.

Fonte: Jornal Diário da Região





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  1. janice 24 de janeiro de 2011

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